Pesquisador do Rio Grande do Sul aponta que o potencial de perda de produtividade cai para abaixo de 15% a 20%, quando o manejo é integrado. Táticas como conhecimento sobre tolerância de híbridos, sincronização de semeadura e intervalo entre aplicações contribuem para esse processo
O pesquisar em Entomologia, Glauber Stümer, foi palestrante na Tecnoshow Comigo 2023, no auditório 2, na última segunda-feira (27), quando alertou os produtores rurais sobre a importância da assertividade do manejo no combate à cigarrinha-do-milho, praga que pode inviabilizar até 100% da cultura do milho. O pesquisador trouxe experiências de sua atuação no Rio Grande do Sul (RS), pela Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL), apontando os erros e acertos nas implementações no controle do inseto. Um dos pontos de destaque da palestra foi quando o pesquisador advertiu que, mesmo com o uso dos melhores inseticidas químicos, não é possível controlar 100% a contaminação, e a saída seria apostar também no manejo biológico, em sinergia com a ferramenta química.
Os produtores rurais que acompanharam a palestra receberam informações sobre a praga, seu ciclo biológico e sobre como, nas condições de safrinha, podem mitigar os riscos potenciais de danos. “Procuramos mostrar todas as táticas de manejo que devemos integrar para sermos mais assertivos no combate, entre elas, entender sobre a tolerância de híbridos, manter uma sincronização de semeadura e um intervalo entre aplicações, para que o produtor tenha sucesso e evite perdas que esse inseto pode levar à cultura”, explicou.
De acordo com o pesquisador, a cigarrinha-do-milho, em um manejo frágil, junto a uma população alta e tolerância baixa do híbrido, pode inviabilizar a lavoura. “Quando começamos a integrar o manejo, ser mais assertivo, o potencial de perda de produtividade cai para abaixo de 15% a 20%”, informou. Glauber ainda ressaltou para os presentes na palestra que o inseto é um vetor de bactérias e vírus, e que, inicialmente, o produtor não encontra dano visual, mas a planta já pode estar doente.
“Os sintomas aparecem de três a quatro semanas, depois da contaminação. Só que uma vez visualizados esses danos, não é possível mais interferência humana, porque também há a questão da intolerância genética, no desenvolvimento das bactérias e dos vírus. Por isso, batemos muito na questão do monitoramento, para ser assertivo nas práticas de manejo, antes que haja essa contaminação e o complexo do enfezamento. Também é importante debater e explicar a questão da carga viral e de bactérias. Não é só cuidar da contaminação inicial. O que vai influenciar, muito mais, a perda de produtividade é essa questão do que é jogado dentro das plantas”, ressaltou.
Sobre a Tecnoshow Comigo
Com a proposta de auxiliar o produtor rural, a COMIGO iniciou, em 2002, o trabalho de geração e difusão de tecnologias agropecuárias, em Rio Verde, numa área que hoje ultrapassa 170 hectares (área total do CTC). Neste local, a cooperativa promove experiências tecnológicas o ano todo, em parceria com diversas instituições de pesquisa, de ensino e outras empresas, e realiza a Tecnoshow. A diversidade é uma marca registrada do evento. São máquinas e equipamentos agropecuários, plots agrícolas, animais das mais variadas espécies, palestras técnicas e econômicas, ações socioambientais e dinâmicas de pecuária, entre outros produtos e serviços. Trata-se de uma extensa vitrine de tecnologias para o homem do campo, seja pequeno, médio ou grande produtor.
FICHA TÉCNICA
TECNOSHOW COMIGO 2023 – 20 anos
Data: 27 a 31 de março de 2023 (segunda a sexta-feira)
Local: Centro Tecnológico COMIGO (CTC) - Rio Verde – GO (Rodovia GO 174 S/N área rural de Rio Verde)
Horário: 8 às 18 horas
Entrada gratuita
Site: www.tecnoshowcomigo.com.br
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Twitter: @tecnoshowcomigo
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