Os seguros para lavoura podem ser usados para plantações de grãos, frutas e olerícolas e garantem ações durante a seca, excesso de chuvas, geadas, ventos, não germinação e granizo
Mudanças climáticas podem ser um grande problema para os produtores rurais. Mas atualmente não podem ser consideradas um vilão para quem trabalha no campo. Isso porque já existem opções de seguros diversificadas. A novidade é importante para o mercado financeiro, afinal de contas, os agentes financeiros que oferecem facilidades de crédito para os produtores exigem que sejam feitos seguros para custear o plantio durante o primeiro ano.
Este tema não poderia ficar de fora da Tecnoshow Comigo 2023. “Seguro lavoura para área de abertura de cultivo” foi o tema de palestra realizada nesta segunda-feira, dia 27/03, no Auditório 2 da feira. O palestrante foi o diretor presidente da Esseg Seguros, Edmilson Silva do Carmo.
Segundo ele, é essencial que o produtor reflita sobre a necessidade de estender o seguro para além do primeiro ano de plantio, pois se trata de uma estratégia para proteger o investimento realizado na lavoura. Atualmente, as opções de seguro já abrangem plantações de grãos, frutas e olerícolas. Além disso, também garantem cobertura durante a seca, excesso de chuvas, geadas, ventos, não germinação e granizo. Outra possibilidade é a de redução de riscos e de prejuízos para o agricultor durante a migração de culturas.
Edmilson ressalta um ponto importante, que é a preocupação das seguradoras em relação aos resultados da safrinha, principalmente nos últimos três anos. O motivo é que alguns produtores preferem optar pelo seguro de risco das culturas de inverno e deixam sem nenhuma cobertura as culturas de verão. “Portanto, o desafio é buscar equilíbrio e relação equilibrada entre receitas obtidas no seguro x sinistros indenizados”, finaliza.
Para as corretoras, os maiores desafios são a oferta de taxa menor de juros que ao mesmo tempo seja justa para a empresa ao considerar a realidade do risco iminente. Além disso, alguns produtores optam por seguros que cobrem apenas parte da fazenda ou somente para o período da safrinha, o que dificulta esse balanceamento. “Precisamos ter uma equalização com coberturas que seja a realidade média mais real, com uma taxa menor porém, justa para a realidade do risco. Pois, quando mais produtores fazem o seguro completo, os riscos serão pulverizados e as taxas e coberturas melhoram”, diz Edimilson
Zoneamento Agrícola de Risco Climático
É preciso que o produtor se atente para alguns fatores que são importantes no processo indenizatório do seguro. O principal deles é Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), um instrumento de política agrícola e gestão de riscos na agricultura.
De acordo o Ministério da Agricultura e Pecuária, “o estudo é elaborado com o objetivo de minimizar os riscos relacionados aos fenômenos climáticos adversos e permite a cada município identificar a melhor época de plantio das culturas, nos diferentes tipos de solo e ciclos de cultivares. A técnica é de fácil entendimento e adoção pelos produtores rurais, agentes financeiros e demais usuários.”.
A classificação do Zarc é feita de acordo com a região do país e os riscos climáticos do ambiente. Há locais em que há o risco climático da seca, que pode ser anual ou bianual. Já outros estados estão mais suscetíveis às geadas, por exemplo. Além disso, o zoneamento também é definido de acordo com a época do ano.
O doutor em Agronomia com ênfase em Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) pela Universidade Federal de Goiás (UFG), Jorge Luís Ferreira, explica a importância do estudo. “Com a variação climática anual e o zoneamento é possível que o agricultor escolha o tipo de grão que será utilizado naquele período do ano. Levando em consideração, também, o ciclo de vida do grão. Então a escolha é feita de acordo com o Zarc e o risco que ele apresenta”, afirma.
As regras do zoneamento variam entre as diferentes culturas e também podem ser distintas, a depender do município. O principal marco para as datas de plantio é o vazio sanitário, período de ausência total de plantas vivas. Para a soja, por exemplo, o plantio pode ser feito após o vazio sanitário, entre 1º de outubro e 31 de dezembro.
Já para o milho verão as janelas de plantio definidas são diferentes, de acordo com o Zarc: de 21 de outubro até 31 de dezembro para todo o Estado de Goiás. O milho de segunda safra, por sua vez, tem as datas definidas em função do ciclo de maturação da cultivar e o tipo de solo.
“Temos um longo caminho a percorrer, visto que ainda há um grande percentual de agricultores plantando sem seguros e correndo riscos desnecessários”, finaliza o palestrante do dia 27, Edimilson.
FICHA TÉCNICA
TECNOSHOW COMIGO 2023 – 20 anos
Data: 27 a 31 de março de 2023 (segunda a sexta-feira)
Local: Centro Tecnológico COMIGO (CTC) - Rio Verde – GO (Rodovia GO 174 S/N área rural de Rio Verde)
Horário: 8 às 18 horas
Entrada gratuita
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