Arreamento, Equitação Bitless e Horsemanship: cavalos ganham protagonismo na Tecnoshow 2025
- sitetecnoshowcomig
- 9 de abr.
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A Tecnoshow Comigo 2025 mais uma vez reforça seu compromisso com a inovação, o bem-estar animal e o fortalecimento das práticas no campo ao disponibilizar, na Dinâmica de Pecuária, atividades que unem conhecimento técnico e empatia na lida com os cavalos.
Neste ano, três destaques chamaram a atenção do público: a apresentação sobre a evolução dos arreamentos e a forma correta de montar, a equitação Bitless e o Horsemanship. As atividades atraíram desde iniciantes até cavaleiros experientes, promovendo uma rica troca de saberes e práticas centradas no respeito e no bom manejo dos animais.
Na palestra sobre a evolução dos arreamentos, o médico-veterinário e instrutor Luiz Antônio do Nascimento Júnior iniciou com um panorama histórico da relação entre cavalo e cavaleiro, destacando desde a domesticação até os dias atuais. “Nós mostramos a interação do cavalo e do cavaleiro, como ela chegou ao que é hoje. Falamos dos arriamentos, da conformação do cavalo se adaptando a esses arriamentos, transmitindo conforto e segurança para ambos”, explicou. Para ele, o tema é acessível a qualquer pessoa que lide com cavalos, mesmo sem formação técnica. “Muitas vezes a pessoa vem do campo com alguns vícios e faz certas coisas de forma errada sem saber. Nosso objetivo é lapidar isso”, afirmou. Luiz Antônio também ressaltou a importância da Tecnoshow abrir espaço para esse tipo de conteúdo: “O cavalo ainda é uma ferramenta fundamental no trabalho de campo, especialmente na pecuária. Ele é uma máquina viva, tão essencial quanto qualquer trator ou plantadeira”.
Já a equitação Bitless, apresentada treinadora de cavalos e especialista em Comportamento Equino, Maria Jordana Caldas, trouxe uma abordagem inovadora e empática. O método, que não utiliza embocaduras na boca do cavalo — como freios ou bridões —, foca na comunicação clara e sem dor entre cavaleiro e animal. “A equitação Bitless é um estilo que visa o bem-estar do cavalo, equilibrando os pilares mental, emocional e físico. Isso faz com que eles se tornem mais confiantes, tranquilos e conectados com a gente”, explicou Jordana, que esteve na feira acompanhada de seu cavalo Aquiles. Segundo ela, o uso da ferramenta Bitless, que será apresentada ao público durante a feira, permite reduzir significativamente os níveis de estresse dos animais. “É uma equitação compassiva. Prezamos por cavalos equilibrados e treinados com empatia. Isso faz toda a diferença no comportamento e na segurança”, pontuou.
A importância da Tecnoshow como palco para essa discussão também foi destacada por Jordana. “É uma das maiores feiras de tecnologia agrícola do país. Estar aqui é uma oportunidade incrível de apresentar esse método a pessoas de diferentes estados, ampliando o conhecimento e a preocupação com o bem-estar animal”, afirmou. Para ela, práticas como a equitação Bitless ajudam a desmistificar a ideia de que cavalos são apenas instrumentos de trabalho e mostram que é possível trabalhar com respeito, técnica e sensibilidade.
Com uma abordagem complementar, a prática de Horsemanship também marcou presença na programação da Dinâmica de Pecuária. Voltada para o desenvolvimento de uma relação mais profunda entre homem e cavalo, a atividade promoveu reflexões sobre confiança, respeito mútuo e o papel da empatia no manejo. “A gente precisa entender que o cavalo não é só um meio de transporte ou de trabalho, mas um parceiro que responde à forma como nos comunicamos com ele”, reforçou Jordana durante a atividade, destacando que métodos mais suaves e respeitosos são não apenas possíveis, mas mais eficazes.
Ao abrir espaço para temas como esses, a Tecnoshow COMIGO reafirma seu papel como feira inovadora e humana, que valoriza não só o avanço tecnológico no campo, mas também as relações que sustentam o trabalho no dia a dia. Afinal, como bem lembrado por Luiz Antônio, “quando a gente faz um bom arriamento, com técnica e material adequado, a gente ganha em conforto e segurança, tanto para o cavalo quanto para o cavaleiro”. Um lembrete de que tradição e inovação podem — e devem — caminhar juntas.
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